Explorando a Diversidade nos Graus do Espectro Autista: Compreensão e Considerações

17 de nov. de 2023

De acordo com o DSM-V, o autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurobiológica que afeta o desenvolvimento e o funcionamento social, comunicativo e comportamental de uma pessoa.

Quais são os tipos de autismo? 

O autismo é considerado transtorno, o que significa que não existem tipos distintos de autismo, mas sim uma variedade de características e sintomas que podem se manifestar de maneira diferente em cada pessoa.

No entanto, ao longo dos anos, o autismo foi classificado em diferentes categorias e subtipos com base em critérios diagnósticos específicos. A partir da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado em 2013, essas categorias e subtipos foram unificados sob a denominação de Transtorno do Espectro Autista.

Anteriormente, o autismo era dividido em categorias como:

Autismo Infantil Clássico: Esta era uma categoria ampla que incluía indivíduos com sintomas graves de autismo, como dificuldades severas de comunicação e interação social, bem como comportamentos repetitivos significativos.


Síndrome de Asperger: Este era um subtipo que se caracterizava por habilidades linguísticas e cognitivas preservadas, mas com dificuldades significativas na interação social e a presença de interesses restritos e comportamentos repetitivos.

Transtorno Desintegrativo da Infância: Este era um subtipo raro em que a criança aparentemente se desenvolvia normalmente nos primeiros anos de vida, mas então experimentava uma perda acentuada de habilidades sociais e de comunicação.

Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (PDD-NOS): Este era um diagnóstico usado quando os sintomas não se encaixavam completamente nas categorias anteriores, mas ainda indicavam comprometimento no desenvolvimento social e de comunicação.

O DSM-5 unificou esses diagnósticos em uma única categoria, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), reconhecendo a variabilidade na apresentação e gravidade dos sintomas. Agora, o diagnóstico é feito com base na gravidade dos sintomas nas áreas de comunicação social, comportamento restritivo e repetitivo, e outras características individuais.

Portanto, em vez de diferentes tipos de autismo, agora consideramos uma ampla gama de apresentações dentro do espectro autista, e cada indivíduo pode ter uma combinação única de sintomas e características. Essa abordagem mais inclusiva reconhece a complexidade do autismo e permite intervenções e apoio mais personalizados.

Não existe uma classificação formal em "graus" de autismo, mas a terminologia mais comum usada para descrever a gravidade ou intensidade dos sintomas inclui:

Autismo Leve: Pessoas com autismo leve, muitas vezes, têm dificuldades sociais e de comunicação menos pronunciadas. Elas podem ser capazes de se comunicar verbalmente, embora possam enfrentar desafios na interação social e podem exibir comportamentos repetitivos ou interesses específicos.

Autismo Moderado: Indivíduos com autismo moderado geralmente apresentam sintomas mais pronunciados em áreas como comunicação e interação social. Eles podem ter dificuldade em se comunicar de forma eficaz, podem precisar de apoio para atividades da vida diária e podem exibir comportamentos repetitivos mais evidentes.

Autismo Grave: Pessoas com autismo grave geralmente enfrentam desafios significativos em todas as áreas afetadas pelo autismo. Eles podem ter comunicação limitada ou inexistente, graves dificuldades na interação social e comportamentos repetitivos intensos. Muitas vezes, precisam de apoio constante em sua vida diária.

É importante enfatizar que essas categorizações são gerais e podem não capturar a complexidade de cada indivíduo no espectro autista. O autismo é altamente variável, e as características de uma pessoa podem mudar ao longo do tempo, de acordo com a intervenção precoce e o apoio recebido.

Além disso, muitos profissionais de saúde e pesquisadores preferem evitar o uso de termos como "leve", "moderado" ou "grave", pois eles podem ser estigmatizantes e não refletem adequadamente as habilidades e necessidades individuais das pessoas com autismo. Em vez disso, é mais comum usar uma abordagem centrada na pessoa, reconhecendo as habilidades e desafios específicos de cada indivíduo e oferecendo apoio personalizado com base em suas necessidades únicas.


O tratamento para o autismo é altamente personalizado, variando de acordo com as necessidades individuais da pessoa diagnosticada. Não há uma cura definitiva para o autismo, mas existem várias abordagens terapêuticas e estratégias que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e promover o desenvolvimento e a aprendizagem.

  1. Intervenção comportamental: Terapias comportamentais, como ABA (Análise do Comportamento Aplicada), terapia cognitivo-comportamental, TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação) e outras terapias baseadas em comportamento podem ser usadas para melhorar habilidades sociais, de comunicação e comportamentos adaptativos.

  2. Intervenção educacional: Educação especializada, programas educacionais individualizados e apoio acadêmico podem ajudar crianças e adultos autistas a desenvolver habilidades acadêmicas e sociais.

  3. Terapia de fala e linguagem: Muitas pessoas com autismo têm dificuldades na comunicação verbal e não verbal. A terapia de fala e linguagem pode ajudar a melhorar a comunicação e habilidades de linguagem.

  4. Terapia ocupacional: Ajuda a desenvolver habilidades para realizar atividades diárias, melhorar a coordenação motora e a independência em situações cotidianas.

  5. Intervenções sensoriais: Muitas pessoas com autismo têm sensibilidades sensoriais. Estratégias para lidar com essas sensibilidades podem incluir terapia sensorial e modulação sensorial.

  6. Medicação: Em alguns casos, médicos podem prescrever medicamentos para tratar sintomas específicos associados ao autismo, como hiperatividade, ansiedade, agressão, entre outros. No entanto, é importante discutir os benefícios e efeitos colaterais desses medicamentos com um médico especializado.

  7. Apoio psicológico e familiar: O apoio psicológico não apenas para a pessoa com autismo, mas também para os familiares e cuidadores, pode ser crucial para lidar com desafios emocionais e desenvolver estratégias para melhorar a qualidade de vida de todos os envolvidos.

É essencial que o tratamento seja adaptado às necessidades específicas de cada pessoa com autismo. A intervenção precoce e abordagem multidisciplinar costumam ser fundamentais para alcançar melhores resultados.

É importante consultar profissionais especializados, como terapeutas, fonoaudiólogos, psiquiatras, educadores especializados e psicólogos, como os profissionais Allminds, para desenvolver um plano de tratamento adequado e eficaz para cada indivíduo autista.

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